sábado, 28 de fevereiro de 2009

A base celular da vida


Alguns seres vivos são constituídos por uma só célula - seres unicelulares - outros são multicelulares, ou seja, são seres pluricelulares, podendo apresentar milhares de milhões de células.

Célula - unidade de estrutura e de função:

Em 1838, o botânico alemão Matthias Schleiden propôs que todas as plantas são constituídas por células. No ano seguinte, Theodor Schwann, um zoólogo alemão, estendeu esta generalização aos animais.
Estes investigadores propuseram as primeiras bases da teoria celular: todos os seres vivos são constituídos por células e a célula é a unidade da vida.
Em 1855, o médico e biólogo alemão Rudolf Virchow, ampliou o significado da teoria celular.
Na actualidade, a teoria celular assenta nas seguintes generalizações:

  • A célula é a unidade básica de estrutura e função dos seres vivos, ou seja, todos os seres vivos são constituídos por células onde ocorrem os processos vitais;
  • Todas as células provêm de células preexistentes;
  • A célula é a unidade de reprodução, de desenvolvimento e de hereditariedade dos seres vivos.

Organização celular:

No decurso do tempo houve a evolução de duas grandes categorias de células: células procarióticas e células eucarióticas.

As células procarióticas, representadas pelas bactérias, são estruturalmente mais simples do que as células eucarióticas. Não possuem núcleo, o DNA constitui o nucleóide e não têm invólucro nuclear. Exteriormente á membrana plasmática a maioria das células procarióticas tem uma complexa parede celular e ajuda a manter a sua forma.

As células procarióticas são constituídas por:

  • Parede celular: parede rígida que envolve as células vegetais e bacterianas conferindo protecção e suporte.
  • Membrana celular: também chamada membrana plasmática é uma estrutura fina e dinâmica que regula o fluxo de materiais entre a célula e o meio. E visível no microscópio óptico.
  • Nucleóide: material genético;
  • Citoplasma: apresenta uma massa semifluida, aparentemente homogénea designada citosol, no seio do qual se encontram várias estruturas. É limitado pela membrana celular e tem o aspecto de uma massa semifluida.
  • Ribossomas: pequena estrutura constituída por duas porções, por vezes associadas ao retículo endoplasmático. São fundamentais para a síntese de proteínas.

As células eucarióticas são fundamentalmente semelhantes entre si e profundamente diferentes das células procarióticas. Além da presença de um núcleo nas células eucarióticas, outra diferença óbvia é a variedade de estruturas que apresentam no citoplasma. Estas estruturas, juntamente com o núcleo, constituem os organelos e cada tipo destes componentes tem uma função específica na célula. A maior parte dos organelos são componentes funcionais rodeados de membranas, designando-se por organelos membranares.

Há organelos membranares presentes na célula animal que existem também nas células das plantas, mas há também estruturas que permitem distinguir estas duas categorias de células. Por exemplo, uma célula de uma planta tem parede celular, a qual protege a célula e ajuda a manter a sua forma. Um organelo encontrado em células de plantas e que está ausente nas células animais é o cloroplasto, onde ocorre a fotossíntese. Nas células de uma planta existe em regra um vacúolo grande central ou vácuolos mais pequenos.

As células eucarióticas são constituídas por:

  1. Células vegetais que são constituídas por:
  • Parede celular: parede rígida que envolve as células vegetais e bacterianas conferindo protecção e suporte.
  • Membrana celular: também chamada membrana plasmática, citoplasmática ou plasmalema - estrutura fina e dinâmica que regula o fluxo de materiais entre a célula e o meio. É visível no microscópio óptico.
  • Núcleo: rodeado por citoplasma e delimitado pelo invólucro nuclear. Este possui poros, que permitem a comunicação entre o núcleo e o citoplasma. No interior do núcleo há um líquido, o nucleoplasma, com cromatina. Por vezes no interior do núcleo observa-se o nucléolo, constituído por proteínas e ácidos nucleicos. Contém o material genético.
  • Mitocôndias: organelos que possuem 2 membranas, uma externa e outra interna. As mitocondrias estão envolvidas em processos de obstenção de energia por parte da célula e na respiração aeróbica.
  • Cloroplastos: organelos que possuem uma membrana dupla, onde se encontram pigmentos envolvidos na fotossíntese.
  • Vacúolo central: organelos de tamanho variável, rodeado por uma membrana. Os vacúolos armazenam água com substâncias dissolvidas como gases, pigmentos, açucares, proteínas...
  • Citoplasma: apresenta uma massa semifluida, aparentemente homogénea, designada citosol, no seio da qual se encontram várias estruturas. É limitado pela membrana celular e tem o aspecto de uma massa semifluida.
  • Ribossomas: estruturas onde se efectua a síntese de proteínas de acordo com as instruções do material genético. É uma pequena estrutura constituída por 2 porções, por vezes associadas ao retículo endoplasmático, são fundamentais para a síntese de proteínas.
  • Retículo endoplasmático: sistema de séculos, vesículos e canalículos, envolvidos na síntese de proteínas, lípidos e hormonas. Também intervir no transporte de proteínas e outras substâncias, Está próximo do núcleo.
  • Complexo de goldi: conjunto de cisternas achatadas e de vesículas que intervém em fenómenos de secrecção. Intervém na transformação de proteínas e lípidos.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

A Biosfera

A Biosfera é um sistema fechado e corresponde á camada superficial terrestre e capaz de suportar a vida terrestre e aquática.
Á escala do globo terrestre a zona onde existe vida corresponde a uma fina película que se estende aproximadamente desde cerca de 9000 metros acima do nível do mar até cerca de 11000 metros abaixo desse nível.
Diversidade Biológica:
Os diversos sistemas naturais que abundam à superfície da Terra diferem no clima, solo, vegetação, vida animal e muitas outras características.
A biodiversidade ou diversidade biológica destes sistemas é entendida como a multiplicidade dos seres vivos presentes na biosfera e pode exprimir-se em diferentes níveis de integração:
  • Diversidade ecológica- variabilidade de interacções dentro de um ecossistema e entre ecossistemas.
  • Diversidade de espécies- variabilidade entre espécies encontradas em diferentes habitats do planeta.
  • Diversidade genética- variabilidade dentro e entre populações pertencentes á mesma espécie.

A diversidade de espécies de uma comunidade abrange duas componentes: uma é a riqueza em espécies, ou seja, o número total de diferentes espécies da comunidade, e outra é a abundância relativa das diferentes espécies, que diz respeito ao número de indivíduos de cada espécie. Pode considerar-se que a espécie corresponde a um conjunto de indivíduos que podem cruzar-se entre si originando descendentes férteis.

Organização biológica:

As cadeias alimentares traduzem sequências de seres vivos através das quais o alimento passa. Nas cadeias alimentares os alimentos seguem através de diferentes níveis tróficos, sendo cada nível tróficoum conjunto de organismos que utilizam a mesma fonte de energia. Estas tranferências envolvem perdas significativas. Em cada um dos diferentes níveis tróficos há menos energia do que no que o procede.

cadeia alimentar aquática

cadeia alimentar terrestre





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terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Especies em vias de extinção

Nome popular: Panda Gigante.

Nome Científico: Ailuropoda melanoleuca.

Distribuição geográfica: Sul da China e Tibete.

Habitat natural: Florestas de bambu da região montanhosa da China, em altitudes de 1500 até 3000 metros.

Hábitos alimentares: Alimentam-se quase exclusivamente de folhas tenras e brotos de bambu.

Tamanho: até 1,50 m.

Peso: até 160 kg.

Período de gestação: 7 a 9 meses.

Número de crias: 2Tempo médio de vida: A média de vida dos Pandas é de 10 a 15 anos no seu habitat selvagem e até 30 anos em cativeiro.

Estado de conservação da espécie: A devastação das florestas asiáticas, a lenta reprodução do bambu (base alimentar do Panda), o excesso de burocracia, ineficiência e a caça voraz colocaram o panda sob sério risco de extinção. Dificultando ainda mais a preservação da espécie, a sua capacidade de procriar é mínima.

Especies em vias de extinção

Nome popular: Lince-Ibérico
Nome Científico: Lynx pardinus Distribuição geográfica: Portugal e Espanha.
Habitat natural: Tem como habitats preferenciais os bosques e matagais mediterrânicos onde procura abrigo.
Hábitos alimentares: Alimenta-se quase exclusivamente de coelhos-bravos, no entanto, a sua dieta pode ser complementada com roedores, aves e crias de cervídeos.
Tamanho: Comprimento: 80 cm até 110 cm; mais cauda de 11 a 13 cm.
Peso: 10 kg até 13 kg.
Período de gestação: Varia entre 63 e 74 dias.
Número de crias: 1 a 4
Tempo médio de vida: Até 13 anos.
Estado de conservação da espécie: O lince-ibérico é actualmente considerado o felino mais ameaçado do mundo e encontra-se classificado como espécie em perigo de extinção pelos Livros Vermelhos de Portugal, Espanha e UICN. Também se encontra protegido pela Convenção de Berna e pela Convenção que regulamenta o Comércio de Espécies Selvagens, sendo considerado pela Directiva Habitats como uma espécie prioritária. As principais ameaças à sua sobrevivência são a acentuada regressão do coelho-bravo e a destruição dos habitats mediterrânicos.
Comportamento: O Lince Ibérico é sobretudo nocturno e caça ao primeiro sinal da aurora. É bom trepador e pode atravessar a nado longos cursos de água. Percorre em média 7 kms diários.Tem uma visão extremamente aguda e persegue a sua presa ao longo de grandes distâncias. Geralmente é um animal solitário mas já foi observado a caçar em grupos. A presa é geralmente levada a uma distância considerável antes de ser comida, sendo os restos enterrados. Utiliza uma variedade de locais para reprodução e criação, incluindo cavidades debaixo de matagal espinhoso (onde constrói ninhos de relva e varinha), tocas, árvores ocas e até ninhos velhos de cegonha.
É uma espécie extremamente especialista, a nível trófico e de habitat. Alimenta-se quase exclusivamente de coelho-bravo e ocorre em zonas de bosque e matagais espessos onde a presença humana seja praticamente nula, nomeadamente nos bosques mediterrâneos autóctones existentes no Centro e Sul da Península, constituídos por azinheira, sobreiro e medronheiro.
A sua escassez associada ao seu comportamento solitário, extremamente tímido e elusivo, torna a sua observação, e mesmo a detecção da sua ocorrência, bastante difícil. Consequentemente, a sua existência numa determinada região pode passar completamente despercebida e desconhecida, mesmo para as pessoas que aí vivam uma vida inteira.